ANEXO AO EDIFÍCIO LAGOINHA

2002
São Paulo (SP)

elevação

planta do subsolo

planta do pavimento térreo

planta do pavimento tipo

corte transversal

O Edifício Lagoinha é um prédio habitacional projetado pelo arquiteto Carlos Millan, em 1959.

Organizado em dois blocos em meio-níveis, o edifício tem 4 pavimentos em cada bloco, totalizando 8 apartamentos. A estrutura da escada é o elemento de articulação dos blocos. O edifício não possui, portanto, elevador e ambos os tipos de apartamentos têm dois dormitórios, apesar de áreas distintas (92 m² e 105 m²).

Frente a uma demanda dos moradores do edifício que pleiteavam a instalação de um elevador, o projeto de um anexo considerou a possibilidade de inserir no vazio urbano contíguo uma estrutura parasita que procura desfrutar de um espaço desocupado e exíguo, definido pelas empenas laterais do prédio e a construção vizinha.

Dois volumes idênticos – com um ambiente de 25 m² e um sanitário – constituem-se em ampliações dos apartamentos existentes. O afastamento destes blocos define uma pequena praça que se coaduna com o vestíbulo do edifício no térreo. O vazio gerado pelo afastamento é fundamental para a ventilação e iluminação do bloco posterior, além de garantir uma qualidade similar entre os ambientes propostos.

Como os blocos adicionados se relacionam com os diferentes níveis dos blocos existentes, é proposto no nível da rua um espaço comercial resultante da altura do primeiro bloco, que pode ser alugado pelo condomínio.

O elevador está incorporado ao volume hidráulico do bloco posterior e serve sempre aos patamares mais altos.

A estrutura é constituída de lajes planas de concreto e de duas paredes estruturais de concreto, junto às divisas do terreno e às empenas existentes. Fechamentos de vidro sem caixilhos e quebra-sóis de madeira encerram os espaços propostos.

Este projeto se apresenta como um ensaio possível de adição arquitetônica.

ARQUITETURA

Alvaro Puntoni
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